O estudo “Cybersecurity Talent : The Big Gap in Cyber Protection” do Digital Transformation Institute da Capgemini revela a existência de «uma carência crescente de talentos na área da cibersegurança».
Segundo o estudo, as empresas devem «adoptar novas estratégias de recrutamento e de retenção dos seus colaboradores que contribuam para conter as ciberameaças e aumentar as suas vantagens competitivas».
O estudo inquiriu 1200 gestores e trabalhadores e analisou as opiniões expressas nas redes sociais por mais de 8 mil profissionais especializados em cibersegurança. 68% das empresas inquiridas revelou que precisa de mão-de-obra especializada em cibersegurança, 61% na área da inovação, e 64% disse que do que mais precisam são de competências analíticas.
Estas necessidades foram depois comparadas com o nível de disponibilidade dos profissionais que as empresas já têm contratados, tendo-se concluído que existe uma diferença de 25 pontos percentuais no que diz respeito às competências na área de cibersegurança (apenas 43% das empresas inquiridas revelou já possuir profissionais com este perfil no seu quadro actual de pessoal), contra 13 pontos percentuais no que se refere às competências analíticas (51% de recursos internos já contratados) e de 21 pontos percentuais na inovação (40% de recursos internos já contratados).
A procura de profissionais especializados em cibersegurança deverá continuar a aumentar nos próximos 2 a 3 anos: 68% dos inquiridos referiu que esta procura já é muito elevada hoje em dia, e 72% prevê que venha a aumentar de forma significativa até 2020.
O estudo da Capgemini recomenda que as empresas, por um lado, se protejam contra o número crescente de ciberataques e que, por outro lado, tenham também em atenção o tema da segurança de uma forma abrangente e transversal de modo «a maximizarem também as vantagens competitivas advindas da digitalização».
«A falta de profissionais especializados em cibersegurança tem impactos em qualquer empresa, independentemente do seu sector de actividade», afirmou Mike Turner, Chief Operating Officer da Cybersecurity Global Service Line da Capgemini.
«Despender meses, em vezes de semanas, a recrutar candidatos adequados a este perfil é ineficiente e deixa as empresas expostas a possíveis acidentes na área da cibersegurança neste espaço de tempo. Os gestores precisam de repensar urgentemente a forma como recrutam e retém talento, sobretudo se pretenderem maximizar todos os benefícios advindos dos investimentos realizados em prol da transformação digital».
Via Capgemini.