Dermopleno, assim se chama o projecto que, através da utilização de sistemas de aquisição de campos de luz, tem como objectivo detectar e avaliar o melanoma – o cancro de pele com maior taxa de mortalidade.
O projecto, desenvolvido pelo Instituto de Telecomunicações, em parceria com o Centro Hospitalar de Leiria, utiliza câmaras com tecnologia de campos de luz, permitindo a representação das lesões cutâneas em 3D.
De acordo com Sérgio Faria, responsável pela investigação, a utilização deste sistema «permite efectuar um diagnóstico mais exacto e, por isso, uma detecção antecipada da doença».
Actualmente, a avaliação de lesões cutâneas depende, essencialmente, da dermatoscopia – técnica não invasiva baseada na inspecção de imagens 2D, considerada, pelos especialistas, como um método restritivo para o diagnóstico da lesão.
Neste sentido, e através da utilização de câmaras com sensores de 42 megapixéis, a equipa Dermopleno recolhe imagens tridimensionais que facilitam a leitura das transformações da pele. O projecto processa a informação recolhida com algoritmos de inteligência artificial, avaliando o estado da lesão cutânea.
O projecto, ainda em fase de recolha de imagens, visa a criação de uma base de dados para disponibilizar publicamente todas as informações recolhidas em 3D.
Via Instituto de Telecomunicações, Centro Hospitalar de Leiria.