Cientistas japoneses e franceses que fazem parte do projecto ScanPyramids, descobriram dois espaços vazios dentro da pirâmide de Quéops, a maior do complexo de Gizé situado junto à cidade do Cairo no Egipto. O mais pequeno destes espaços está situado acima do túnel escavado no século nono. O maior, que terá cerca de 30 metros de comprimento, está situado por cima da “Grande Galeria”, o túnel diagonal que dá acesso à Câmara do Rei, a maior das três câmaras descobertas até agora na pirâmide.
Como não é permitido escavar na pirâmide, para chegar a estas descobertas, os cientistas usaram uma tecnologia de imagem chamada “Muografia” que utiliza a reacção que radiação cósmica com as partículas da atmosfera terrestre para detectar diferenças na densidade das rochas e outros materiais revelando assim quaisquer espaços vazios que possam existir. Neste projecto foram utilizados três métodos diferentes de Muografia e todos eles deram o mesmo resultado.
Ao longo de séculos de exploração, primeiro pelo califa al-Ma’mun no século nono e mais tarde por exploradores ocidentais foram descobertas três câmaras dentro da Grande Pirâmide, mas sempre se suspeitou que existiram mais. Em 1992 foi enviado um primeiro robot por um dos vários pequenos túneis que existem dentro do monumento, que descobriu um obstáculo semelhante a uma portas ou tampa que impediu a sua progressão.
Os espaços vazios na Grande Pirâmide não são novidade, por cima da Câmara do Rei existem vários espaços que os cientistas pensam que sirvam para aliviar o esforço feito nas paredes da câmara pelo peso do material que está colocado em cima dela. Um porta-voz do projecto disse à BBC que o espaço agora encontrado pode ter a mesma função, a protecção da estrutura que está abaixo, ou seja a Grande Galeria.
A equipa espera poder explorar os novos espaços em breve através da perfuração de um pequeno buraco e enviar um robot para ver o que está lá dentro.