Memórias RAM
Na escolha da memória para o seu computador, saiba por que razão a velocidade não é tudo.
No passado, a memória RAM foi considerada como um dos componentes mais importantes e fundamentais para o desempenho de um computador. Contudo, esta situação inverteu-se com o avanço dos processadores e das placas gráficas, assumindo estes o papel de destaque. Ainda assim, a memória, devido ao seu funcionamento, continua a desempenhar um papel fundamental.
Escolha
Visto ainda serem comercializados três tipos de memórias, e actualmente ainda existirem computadores novos (e motherboards) que suportam dois tipos, é fundamental saber qual o tipo de memória de que o seu computador precisa.
Se estivermos a falar numa motherboard nova, com um dos últimos chipsets a serem lançados no mercado, vai ter de usar DDR4. Se estiver a aproveitar uma motherboard mais antiga, como os modelos equipados com chipset Intel Z97, ou uma AMD 990FX, então terá de escolher memórias do tipo DDR3, que funcionam a uma velocidade menor.
Igualmente importante é a escolha do número de módulos de memória. Visto que, actualmente, todos os processadores utilizam um sistema de dois canais de comunicação, isto obriga à instalação de dois módulos de memória iguais, que funcionem em par, para duplicar a largura de banda da comunicação entre as mesmas e o controlador de memória, que está embutido no processador.
Existem ainda situações, como os processadores Intel de Socket LGA-2011 e LGA-2066 (os novos Core X) que utilizam quatro canais, ou seja, obrigam à instalação de quatro módulos de memória iguais, para tirar total partido dos seus controladores de memória. Caso opte por um sistema destes, verifique sempre no manual quais os encaixes que deverá usar.
Velocidades
Além da questão do número de módulos e do tipo de memória, é igualmente importante determinar a velocidade, sendo fundamental encontrar-se um meio-termo para garantir o melhor desempenho do seu computador.
Queremos com isto dizer que é mais compensador adquirir memórias do tipo DDR4 a 2666 MHz com latências de 15-17-17-35, que memórias DDR4 a 3000 MHz com latências de 16-18-18-36. Ou seja, é preferível escolher memórias com uma elevada velocidade, mas que consigam garantir boas latências a essa velocidade certificada, em detrimento de memórias supostamente mais rápidas, mas que devido a latências superiores, tornam o seu acesso mais lento.
Instalação
A instalação de módulos de memória RAM no seu computador não poderia ser mais simples. Depois de verificar quais são as ranhuras indicadas para tirar melhor partido do controlador de memória do seu processador, apenas precisará de instalar os módulos correctamente.
Estes têm, no lado dos contactos, uma pequena falha que tem como função garantir que instala o módulo correctamente.
Antes de forçar o encaixe, certifique-se de que essa falha está alinhada com o indicador na ranhura da motherboard. Assim que estiverem alinhados, apenas precisará de encaixar, suavemente, um dos cantos primeiro, encaixando o seguinte canto, de forma a que os encaixes laterais da ranhura façam um ligeiro ‘click’. Garante que o módulo está totalmente encaixado antes de proceder à instalação dos restantes módulos.
Placas gráficas
Se, anteriormente, tudo o que era gráficos em três dimensões passava pelo processador (nos tempos remotos), actualmente as placas gráficas são as responsáveis pela reprodução de todos os gráficos reproduzidos.
Embora existam processadores com placas gráficas integradas decentes, nada bate o desempenho de uma boa placa gráfica dedicada. Estas são, actualmente, oriundas de um dos dois únicos fabricantes que restam no mercado: a AMD (ex-ATI) ou Nvidia. Em ambas, o amplo catálogo está dividido por segmentos, com características distintas em termos de desempenho, poder de processamento e capacidade de memória.
Escolha acertada
Só a Nvidia tem dez modelos distintos da actual geração GeForce GTX 10, sendo que os fabricantes teimam em não ajudar, ao criar diversas variantes a partir de cada um desses modelos, alguns com diferentes capacidades de memória, outros com diferentes velocidades de funcionamento, através do recurso a soluções de arrefecimento de desempenho superior. Caso queira criar um sistema simples, onde jogue ocasionalmente, recomendamos modelos de gama média ou baixa, pois têm um desesmpenho superior a qualquer solução integrada. Modelos como uma AMD Radeon RX 560 ou uma Nvidia GeForce GTX 1050, desde que garanta que usam 4 GB de memória dedicada, um requisito cada vez mais importante nos jogos mais recentes.
Gaming
Se os jogos são a razão da sua existência, ou pelo menos a razão pela qual inventou inúmeras desculpas para comprar um computador novo, então deverá optar por placas gráficas mais avançadas. Porém, a escolha poderá ser simplificada, bastando usar a resolução máxima do seu monitor como factor limitador.
Se tiver um monitor FullHD (máximo de 1920 x 1080), então a sua escolha deverá recair em modelos como as AMD Radeon RX 580 ou 570, ou as Nvidia GTX 1080 ou 1070 – ambos os modelos são perfeitos para conseguir explorar os detalhes gráficos dos principais jogos da actualidade. Se utilizar uma resolução superior, aí recomendamos que aposte nos modelos de topo, como as Nvidia GTX 1080 ou 1080 Ti, ou até mesmo a poderosa Nvidia Titan Xp. Após escolher a sua placa gráfica ideal, está na altura de a instalar.
Instalação
1 – PCI-Express
A instalação de uma placa gráfica é muito parecida à de um módulo de memória, sendo fundamental verificar a posição da própria placa com a ranhura PCI-Express da motherboard.
2 – Encaixe
Após acertar com a ranhura, deverá inserir, com o devido cuidado, a placa gráfica no devido local. Certifique-se de que a mesma fica devidamente encaixada, usando uma pequena patilha, colocada no canto da ranhura PCI-Express, para confirmar que a mesma está no lugar certo.
3 – Alimentação
Embora algumas placas gráficas mais simples dispensem cabos adicionais, modelos de gama média e alta exigem uma alimentação adicional. Por isso, deve encaixar o conector de seis (ou oito) contactos da sua fonte de alimentação na ficha colocada no topo da sua placa gráfica.
Disco rígido/SSD
Durante muitos anos, os discos rígidos foram as únicas soluções para um armazenamento capaz de dados, sendo suficientemente robustos e duradouros. Contudo, eram relativamente lentos, tanto no acesso aos dados, como nas velocidades de leitura e escrita. Com a chegada dos SSD (Solid State Drive), a situação mudou radicalmente. Estas unidades garantem um desempenho significativamente superior nestes pontos, ao qual acresce o facto da inexistência de qualquer tipo de mecanismo, característica esta que os tornar imunes a quedas e vibrações.
Os SSD, porém, continuam a ter um grande contra: o elevado custo. Por isso, torna-se fundamental escolher um modelo que garanta uma capacidade suficiente para o sistema operativo e para as principais aplicações (e jogos, obviamente), para que estas funcionem de forma suficientemente mais rápida, face a um disco rígido tradicional.
Se, ainda assim, não prescinde de espaço para guardar toda sua colecção de fotografias, vídeos, ou qualquer outra coisa, o ideal será optar por um sistema combinado: ou seja, um SSD para o sistema operativo e para as principais aplicações e um disco rígido de 1 TB para tudo o resto. Estes componentes já podem ser encontrados a preços apetecíveis, abaixo dos 55 euros.
Formato
Caso opte pela instalação de um SSD (a escolha ideal), convém determinar qual o formato escolhido: o tradicional SSD de 2,5 polegadas (parecido com um disco rígido de portátil) ou o cada vez mais usado formato M.2.
Este último assemelha-se a um módulo de memória RAM, embora os contactos estejam apenas disponíveis numa das faces laterais, sendo estas encaixadas na ligação M.2 existente nas motherboards mais recentes. Esta solução tem a vantagem de usar uma ligação PCI-Express directamente ao processador, garantindo assim uma largura de banda que pode chegar aos 32 Gb/s, um valor significativamente superior aos máximos 6 da interface SATA III.
Instalação
A instalação de um SSD de formato de 2,5 polegadas é extremamente simples; as caixas mais recentes já estão equipadas com compartimentos ou gavetas específicas para estas unidades.
Estes compartimentos tendem a usar um sistema de retenção embutido, ou a quatro parafusos, que fixam de forma lateral, ou inferior, o SSD ao suporte.
Caso aproveite uma caixa antiga para fazer o seu PC, compre um adaptador de 2,5 para 3,5 polegadas para que aproveitar os compartimentos dos discos rígidos tradicionais. Relativamente ao formato M.2, deverá apenas ter cuidado relativamente à dimensão do módulo (por causa da compatibilidade com a motherboard) que deve ser aparafusado à medida. Estes podem usar o formato 3022 (de 22 mm), 4222 (42 mm), 6022 (60 mm), 8022 (80 mm) e 11 022 (110 mm).