Esta marca tem sido pioneira na simplificação da tecnologia utilizada nos drones, tornando-os cada vez mais capazes, mais fáceis de pilotar e mais seguros. Com o novo Spark, a DJI consegue levar mais ao extremo os conceitos criados pelo Mavic, ao criar um drone bastante completo em termos de capacidades, num corpo verdadeiramente compacto (143 x 143 x 55 mm), ocupando praticamente o mesmo espaço que o Mavic quando tem as hastes recolhidas.
Câmara e sensores
Utilizando um gimball de dois eixos (ao contrário dos três presentes no Mavic), a estabilização de imagem do sensor (1/2.3 polegadas) utilizado consegue ser surpreendentemente eficaz, estando este configurado para captar imagens de boa qualidade com 12 MP e vídeo de resolução FullHD 1080p, a 30 fps.
Infelizmente não existe qualquer tipo de possibilidade de ajuste destas configurações: apenas podemos alternar entre entre o modo de captação de imagem ou vídeo. Para garantir uma viagem livre de atribulações, o Spark utiliza um receptor de sinal GPS e Glonass, sensor de infravermelhos frontal, dois sensores infravermelhos e uma câmara na parte inferior, que servem, não só para evitar obstáculos, como para determinar a posição de “regresso à base”.
Esta funcionalidade pode ser configurada automaticamente para que, quando o drone estiver a ficar sem bateria, possa regressar ao ponto de partida. Porém deverá garantir que não existem obstáculos pelo caminho, como árvores ou prédios, visto que o Spark faz a viagem de regresso em linha recta.
Controlo
Para controlar o Spark, a DJI criou três soluções: usar o comando próprio que é vendido separadamente (179 euros), usar o smartphone (o que cria limitações em termos de altitude máxima e alcance, devido ao sinal Wi-Fi – 100 metros em vez de 2 km) ou usar um inovador sistema de controlo por gestos.
Esta última solução é, em teoria, muito interessante, pois permite que o utilizador use um conjunto gestos, como permitir o lançamento ou aterragem na palma da mão, controlar a posição e distância do drone, e activar o modo de fotografia com temporizador de três segundos.
Infelizmente, a câmara requer uma boa iluminação das suas mãos, bem como da face, caso contrário o Spark não vai conseguir tirar fotos decentes ou, sequer, tirar fotografias. Acreditamos que uma actualização de firmware possa melhorar estas funcionalidades.
Ponto Final
Embora tenha algumas limitações, o DJI Spark é o drone compacto mais fácil de pilotar que experimentámos. Tem, infelizmente, pouca autonomia, não permite ajustar a resolução e o controlo com o sistema de gestos é demasiado impreciso. Mas a imagem captada é muito boa, tal como a estabilização de imagem, mesmo em dias ligeiramente ventosos.
Ficha técnica
Resolução do vídeo: FullHD 30 fps
Gimball: estabilização de dois eixos
Autonomia: 16 minutos (máximo)
Dimensão: 133 x 133 x 55 mm
Alcance: 2 km (com comando) / 100 m (com smartphone)
+ Fácil de manobrar
+ Sistema de gestos interessante (embora impreciso)
– Autonomia
Funcionalidades: 1,5
Experiência: 3
Preço: 3,5
Pontuação: 8
Distribuidor: DJI
Site: dji.com
Preço: €599