A Glymt não é um banco de vídeos, isso é ponto assente. A solução criada por Nuno Bártolo, Pedro Ferreira, Hélio Palaio e Tiago Sequeira assume-se, sim, como «uma plataforma aberta a todos e não restrita a profissionais, baseada em pedidos à medida».
Como explica Nuno Bártolo, um dos fundadores, «a Glymt ajuda as marcas a comunicar e a chegar ao “coração” do seu público-alvo através do vídeo». A plataforma liga as marcas que precisam de vídeos, exclusivamente de curta duração (entre 5 a 20 segundos) para determinados projectos a quem os queira fornecer, tudo à escala global.
A primazia de imagens vai para «os locais de interesse ou momentos genuínos do dia-a-dia, preferencialmente com resoluções HD ou 4K», explica Nuno. Quando o utilizador publica um vídeo na Glymt, que foi incubada na Startup Braga, está automaticamente a ter acesso à monetização dessas imagens, através da venda em stock – e há também ferramentas para acompanhar o alcance de vendas ou um FAQ para o ‘bê-á-bá’ dos vídeos. Mas existe ainda outra alternativa: também é possível produzir vídeos à medida dos pedidos dos clientes.
A ideia que surgiu da necessidade
«A ideia da Glymt surgiu quando trabalhava como arquitecto na Índia. Na altura, tive dificuldade em arranjar vídeos que me ajudassem em algumas apresentações para clientes, pois os existentes eram caros e demasiado genéricos», explica Nuno Bártolo. Além disso, também havia outra questão a pesar na equação: «Sabia que, com tantas câmaras disponíveis em telemóveis, action cameras ou drones, qualquer pessoa poderia filmar os vídeos que eu pretendia», acrescenta o co-fundador da Glymt.
De regresso a Portugal, a ideia foi trabalhada, com o intuito de resolver um problema: «Como conseguir um vídeo com o menor atrito possível, que possa ser utilizado com total garantia de propriedade intelectual e com a qualidade suficiente para as produções e campanhas de marketing», indica o responsável da Glymt.
Cabe às marcas definirem a remuneração que vão dar a cada um dos vídeos; sempre que é feita uma transacção, é comunicada ao criador do vídeo, que pode receber a sua parte através de PayPal, com uma margem reservada para a Glymt. A startup diz não interferir no preço dos vídeos, mas há valores mínimos estabelecidos: vinte euros para vídeos de stock e cinquenta para vídeos a pedido. «O preço de venda é estabelecido pelo cliente quando cria o pedido e é o utilizador, amador ou profissional, quem decide se a recompensa oferecida é adequada para submeter o vídeo em questão», explica Nuno Bártolo.
Actualmente, a Glymt conta com setenta mil utilizadores, entre os das apps para Android, iOS e Web. Estes, estão distribuídos por mais de 160 países, mas é na América Latina que se localiza a grande fatia de utilizadores: 48%. A seguir, estão os utilizadores europeus, que valem 20%. Do universo de utilizadores, apenas 2% são profissionais; contudo, estes mas contribuem com 33% dos vídeos carregados para a plataforma.