Oito anos depois, eis que há um novo jogo de estratégia no universo Halo. Terá valido a espera?
Durante os 28 anos em que a Spirit of Fire esteve à deriva pelo Universo, depois dos acontecimentos de Halo Wars, passou-se muita coisa: Master Chief salvou a Terra e morreu; Master Chief regressou à vida e voltou para salvar a Terra; Cortana morreu para salvar Master Chief.
Depois de todo este tempo, os tripulantes da nave acordam da animação suspensa, encontrando-se junto a uma estação chamada Ark, onde os anéis Halo são construídos. Ao aterrar na estação, a equipa de reconhecimento da Spirit of Fire encontra os Banished, uma facção da Covenant liderada por Atriox, um chefe bruto, ex-soldado da Covenant, que quer destruir, tanto os Covenant, como a Humanidade. Pelo meio, os tripulantes da Spirit of Fire encontram ainda Isabel, uma inteligência artificial que os ajuda na luta contra as forças de Atriox.
Esta é a história de Halo Wars 2. Um jogo de estratégia para Xbox One e PC. Nesta altura já devem estar a perguntar: «O que é que um jogo de estratégia faz numa consola?». Bom, apesar de existirem versões para PC, Halo sempre foi um jogo para consola em todos os seus aspectos. E o jogo de estratégia baseado neste mundo não poderia deixar de existir para a consola da Microsoft.
Publicar um jogo de real time strategy (RTS) numa consola cria desafios muito específicos, visto que, por excelência, os dispositivos de controlo destes jogos sempre foram o rato e o teclado. A 343 Industries e a Microsoft conseguiram adaptar relativamente bem o controlo através de um comando: se quiser escolher uma unidade coloca-se o círculo em cima dela e prima-se a o botão ‘A’; para ordenar o movimento, leva-se o círculo ao local de destino e carrega-se em ‘X’. Para seleccionar várias unidades prime-se ‘A’ durante algum tempo e o circulo expande-se – de seguida, arrasta-se o círculo por cima das unidades a seleccionar. Tudo isto é muito bonito, mas torna-se difícil para escolher grupos de unidades.
Outra concessão que teve de ser feita prende-se com a construção das bases. Existem espaços pré-determinados e, mesmo depois de construídas, os vários módulos têm de ser colocados em slots que estão desenhadas no chão. Isto cria problemas porque, por exemplo, os sistemas de defesa da base têm sempre de ser colocados nos cantos, o que castra muito as soluções criativas da nossa estratégia, tanto na defesa, como no ataque.
A campanha single-player é muito interessante, a inteligência artificial é muito estimulante e não joga sempre da mesma forma. De qualquer maneira, se achar tudo muito fácil, existem vários níveis de dificuldade que pode experimentar. Os gráficos são muito bem conseguidos e as cutscenes são tão bem feitas que os actores virtuais se confundem com os reais.
Como não poderia deixar de ser, existem vários modos multiplayer para pôr à prova o nosso planeamento estratégico contra oponentes humanos. Estes vão desde o clássico ‘Deathmatch’ em que, como nome indica, temos de eliminar completamente o adversário, até um tipo de ‘Domination’, em que ganha quem controlar mais pontos no final do jogo.
Halo Wars 2 é compatível com o sistema Windows Play Anywhere, por isso, se gostar de jogos de estratégia e não tiver uma consola da Microsoft, pode sempre comprar o jogo na loja Windows e jogar. Se tiver uma Xbox One, pode começar uma missão na sala de estar e acabá-la no seu portátil, a caminho do trabalho.