Já tinha tido a oportunidade de testar a Lumix GX7 e de a ter adorado; na altura achei que era uma das máquinas compactas de lentes intermutáveis mais práticas para quem pretende tirar as fotografias das suas férias com uma qualidade (e versatilidade) superior à dos smartphones.
Com a chegada da nova GX80, uma evolução da GX8 (sucessora da GX7), a Panasonic volta a acertar na “mouche”. Recorrendo a um corpo compacto e com um design retro, este modelo reúne particularidades como ecrã de três polegadas basculante, um viewfinder electrónico de grande resolução e um conjunto de duas rodas de selecção e todos os botões de acesso rápido (Fn) que alguma vez irá precisar, sendo quatro deles totalmente programáveis.
Se, em termos de corpo, é fácil de gostarmos desta máquina, quando a associamos à objectiva de kit incluída (uma interessante 12-32 mm) tudo fica ainda melhor, pelo facto de esta objectiva ter a particularidade de recolher quando não está a ser usada, tornando-a ainda mais compacta. Esta objectiva, associada ao sensor CMOS Micro Quatro Terços de 16 MP, garante imagens de elevada qualidade, embora se note algumas limitações quando usada na sua amplitude focal máxima.
Em termos de situações de menor luminosidade, esta Lumix surpreendeu, visto o sensor garantir uma boa qualidade de imagem quando usadas sensibilidades ISO mais elevadas, sendo possível garantir boas imagens, cheias de detalhes até a ISO 1600 (ou 3200 em algumas situações); nos valores mais elevados, isto é difícil de aproveitar, tal é o nível de ruído visível nas imagens. O sensor tem a particularidade de captar vídeo em 4K a 30 imagens por segundo, podendo usar essa capacidade para captar uma imagem à resolução de 8 MP, garantindo assim que consegue captar uma imagem no momento perfeito. Conta ainda com a função Post Focus, que permite captar várias imagens ao mesmo tempo, de modo a permitir que escolha, após a captura, escolher o ponto de focagem desejado.