À semelhança do Huawei Mate 9, testado pelo Pedro Tróia, o ZenFone 3 Deluxe sofre do mesmo mal, o seu tamanho, embora isso para mim seja um ponto positivo, visto que um smartphone é, para mim, muito mais do que um telemóvel, mas sim a minha melhor ferramenta de trabalho, que me permite trabalhar em qualquer local.
Apesar das dimensões, a Asus conseguiu manter as mesmas bastante contidas tendo em conta o tamanho do ecrã usado, de 5,7 polegadas, graças à utilização de um corpo constituído por um único bloco de alumínio de classe aeroespacial que foi trabalhado de forma a poder conter todos os elementos no seu interior, incluindo as antenas, razão pela qual não conseguirá encontrar os elementos visuais de outros terminais semelhantes, com as chamadas riscas a identificar a localização das antenas.
Preparado para o 4K
O ecrã Super AMOLED garante uma imagem de elevada qualidade, com uma resolução de 1920 x 1080, estando devidamente acompanhado por um sensor de imagem Sony IMX318, de 23 MP de resolução, com abertura f/2.0, estabilização de imagem óptica e electrónica (tanto em vídeo como em fotografia) e triplo sistema de focagem automática (laser, detecção de fase e auto-focus contínuo) que garante uma focagem de apenas 0,03 segundos, em situações com boa luminosidade.
Em situações de pior iluminação, o sensor não se comportou de forma exemplar, sendo mais difícil de captar imagens devidamente focadas, embora fosse possível usar os modos manuais que permitem controlar diversos parâmetros, como equilíbrio de brancos, exposição, ISO, tempo de exposição e focagem manual. Em termos de vídeo, poderá captar em resolução 4K (3860×2160) a 30 fps.
Desempenho de topo
O resto da configuração recorre a componentes de topo, como um processador Qualcomm Snapdragon 820, 6 GB de memória RAM e 64 GB de armazenamento, expansível através de um cartão MicroSD, embora isso implique, tal como no Mate 9, prescindir do uso do segundo cartão SIM. O sistema de som possui certificação High-Resolution Audio, o que garante uma qualidade superior, e embora o altifalante possua uma potência bastante elevada, a colocação deste (na base) deveria ter sido no painel frontal, aproveitando a zona do altifalante superior para a criação de um efeito estéreo, tornando o ZenFone 3 Deluxe num dispositivo mais agradável para ser usado como leitor multimédia.
Se a configuração descrita aqui poderá representar um desempenho de topo, algo que pode ser confirmado pelos resultados nos testes, o mesmo não se pode afirmar da bateria, com uns meros 3000 mAh, que são claramente insuficientes para um dispositivo com um ecrã desta dimensão e com estas características.
Isto obrigou-me a ter e andar com o carregador (ultra-rápido) sempre comigo, especialmente quando em viagens de trabalho, onde o smartphone é (como disse inicialmente) a minha principal ferramenta de trabalho. Igualmente menos agradável é a interpretação da Asus sobre a interface do dispositivo, pois embora venha equipado com o sistema Android 6.0, este conta com a interface personalizada Asus ZenUI 3.0, que apesar de não ser desagradável, conta com a presença de demasiadas aplicações pré-instaladas e que preferia nem as ter conhecido. Poderá sempre usar uma solução como a que eu fiz, a de instalar o Google Now Launcher e o Google Keyboard.
Antutu | 3D Mark Ice Storm Unlimited | PCMark 8 Work | PCMark 8 Autonomia: | |
Asus ZenFone 3 Deluxe | 136 892 | 29 666 | 4913 | 498 minutos |
Huawei Mate 9 | 128 395 | 26 972 | 6614 | 800 minutos |