Parece que o design com os cantos e arestas arredondadas tomou de assalto os gabinetes de desenvolvimento das principais marcas de smartphones. Desde que o iPhone 6 foi lançado em 2014 que isto se tornou moda em centenas de modelos.
O Asus ZenFone 3 é um deles: se tivesse as linhas traseiras que demarcam as antenas, então estávamos mesmo na presença de mais um clone do smartphone da maçã. “Felizmente”, a Asus deu um pequeno twist no design, centrou a câmara e colocou um leitor de impressões digitais (com um formato estranho, na vertical) por baixo, o que torna o ZenFone 3 numa mistura entre iPhone e um dos telefones explosivos da Samsung.
A prometer muita potência de processamento e desempenho de alto nível (um Octa-Core Snapdragon 625 a 2 GHz com memória de 4 GB), este Asus consegue ombrear com a dupla chinesa testada nesta edição (Honor 8 e Huawei Nova) e é mais barato trinta euros, o que pode pesar, e muito, na altura da compra. O problema é que a Asus não tem uma grande tradição no mercado português no que respeita a smartphones.
A marca bem tenta, mas por cá as escolhas dos consumidores já estão bem definidas há muito. E esse é o principal problema deste ZenFone 3, um terminal muito bom para o preço que tem, com uma excelente máquina fotográfica, armazenamento de 64 GB que não se vê em todo o lado, dual-SIM e com uma construção muito razoável. Só não dizemos que é impecável, porque o vidro aplicado na traseira, além de ficar todo marcado com dedadas, torna o ZenFone muito escorregadio.
Sobre o Android 6.0, a Asus insiste em colocar a sua fraca e confusa skin chamada ZenUI que é tudo menos… zen. O crapware é demasiado e, por exemplo, o teclado é das coisas mais confusas de que me lembro de usar num Android. O melhor mesmo é começar a desinstalar aplicações que só estão a encher o smartphone (as da Asus todas, que servem para nada) e colocar logo o launcher Google Now para tornar a experiência de utilização mais fluida e aprazível.
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