A KS9000 é a primeira televisão da gama 2016 da Samsung que recebemos para teste e, verdade seja dita, valeu a pena esperar.
Começando pela parte negativa, esta televisão destaca-se pelo facto de manter o formato curvo, o que acaba por prejudicar ligeiramente os ângulos de visualização e os reflexos no ecrã, embora a Samsung tenha realizado um trabalho excepcional a diminuir os efeitos destes através do recurso da tecnologia Ultra Black, que consiste na aplicação de um filtro, em forma de olhos de mosca.
Mas, abandonando o negativismo, esta KS9000 surpreendeu pela positiva em tudo o resto, incluindo na qualidade do som reproduzido, mesmo tratando-se de um modelo com um chassis muito estreito. Mas onde esta Samsung brilhou foi efectivamente na qualidade de imagem, tendo esta sido a primeira televisão a suportar resolução 4K com HDR e certificação Ultra HD Premium.
Isto significa que este televisor, ao recorrer à tecnologia Quantum Dot para um painel capaz de suportar 10 bit de cores (1.07 mil milhões de cores face às 16,7 milhões dos ecrãs de 8 bit), consegue reproduzir 96% do espectro de cores, 1000 nit de brilho e suporte para a norma BT.2020. Este é o tipo de televisor que vai desejar para tirar total partido dos futuros conteúdos Ultra HD 4K com HDR, como os discos Ultra HD Blu-Ray, que deverão chegar ao mercado até ao final do ano.
A cereja no topo do bolo foi a completa renovação da interface Smart TV (Smart Hub) que, apesar de recorrer ao sistema operativo Tizen, foi totalmente redesenhada, estando agora acessível através de uma barra horizontal no fundo do ecrã, que funciona sem interromper a reprodução dos conteúdos que estiverem a dar.
No fundo, à primeira vista, esta solução faz lembrar o sistema WebOS da rival LG mas, verdade seja dita, se esta última estava a anos-luz da solução da Samsung, com o novo Smart Hub essa distância dissipou-se, sendo a escolha entre uma das soluções meramente a nível de gosto, visto estarem ambas brilhantes em termos de funcionalidade.