A LG voltou a inovar com a chegada de mais um membro da família ‘G’, com a introdução do primeiro terminal modular do mercado.
Não estamos com isto a dizer que este possa substituir componentes-chave do equipamento, apenas que é possível substituir o módulo inferior do smartphone por um dos módulos disponíveis no mercado, sendo cada um deles desenvolvido com uma finalidade específica. Esta solução obrigou a que o tipo de construção fosse diferente, uma vez que o chassis usado tem de oferecer uma resistência fora do normal, se tivermos em conta que o interior tem de ser, em parte, oco para alojar a bateria removível de 2800 mAh.
Esta poderá ter sido a razão pela qual a LG abandonou a solução dos botões de volume no painel traseiro, sendo este ocupado agora por apenas um botão, que actua como leitor de impressões digitais (algo lento e impreciso, infelizmente). Mas, ao contrário da solução usada pela Huawei com o seu P9, a LG utiliza dois sensores para permitir uma cobertura diferente, ou seja, um sensor de 16 MP com uma objectiva de abertura f/1.8 para a captação de imagens de elevadíssima qualidade (ligeiramente superior ao LG G4, mas inferior ao LG V10) e um de 8 MP que se destaca pelo uso de uma objectiva grande angular com abertura f/2.4, que permite captar imagens com um ângulo de visualização de 135 graus, à semelhança de uma câmara de acção.
Virando o equipamento ao contrário, a frente é ocupada exclusivamente pelo ecrã de 5,3 polegadas, que mantém a extraordinária resolução de 2560 x 1440, o que corresponde a uma densidade de 554 pixéis por polegada. Este ecrã, que utiliza Corning Gorilla Glass 4, tem uma acentuada curvatura no topo, local onde se encontra alojado o sensor dianteiro de 8 MP, que graças a uma grande abertura f/2.0, garante selfies com uma excelente qualidade, mesmo em situações de fraca luminosidade.
O ecrã tem a particularidade de usar o sistema Always-On, que permite vislumbrar as horas e as notificações sem precisar de ligar o ecrã, poupando assim significativamente a bateria.
Internamente, o LG G5 recorre ao processador de topo da Qualcomm, o Snapdragon 820, a 4 GB de memória RAM e 32 GB de memória para armazenamento, sendo esta expansível através de um cartão MicroSD até aos 256 GB.
Em termos de desempenho, este G5 revelou ser sempre muito rápido e fluído, não só pelo hardware usado como pelo sistema operativo Android Marshmallow 6.0.1 e pela nova interface LG Optimus UX 5.0, que está cada vez mais leve e simples, face às soluções nativas da Google.
Antutu | PCMark (Work) | PCMark (Bateria) | 3DMark (Ice Storm Unlimited) |
128 232 | 5816 | 405 minutos | 28 312 |
Módulos
Para já, o LG G5 dispõe apenas de dois módulos simples, embora exista potencial para serem criadas soluções muito interessantes. O smartphone terá disponível o LG Cam Plus (99 euros), um módulo que permite melhorar a ergonomia do G5 para quem quiser usar o equipamento como máquina fotográfica, acrescentando uma roda que serve para usar o zoom, um botão dedicado para vídeo e um botão de disparo de duas fases (focagem e disparo). Este módulo destaca-se ainda pela inclusão de uma bateria de 1200 mAh, que serve para carregar a bateria principal do smartphone.
Outro módulo disponível é o LG Hi-Fi Plus (150 euros), que é no fundo um DAC (Digital-to-Analog Converter) desenvolvido em conjunto com a Bang & Olufsen, para converter qualquer fonte de som (como YouTube e Spotify) para áudio de 32 bits de alta resolução. Esta solução é significativamente mais dispendiosa, mas o resultado justifica-se em pleno, especialmente se for um audiófilo.