Estas baterias são um dos componentes do qual mais dependemos: é por causa delas que podemos usar todo o tipo de dispositivos sem que estes precisem de estar ligados à corrente.
Desenvolvidas por Alessandro Volta, em 1799, as baterias assumiram um papel fundamental nos dias que correm, por serem o componente responsável pela alimentação de dispositivos móveis como computadores, relógios e até automóveis. O princípio de funcionamento é bastante simples, pois tal como as pilhas, é usado um ânodo que gera uma reacção química de oxidação, que irá gerar um fluxo de electrões para o cátodo, que por sua vez gera uma reacção de redução.
Em termos de baterias simples, actualmente utiliza-se a tecnologia de Níquel-Hidreto Metálico (NiMH), onde o ânodo é composto por uma liga metálica com hidrogénio absorvido. Aqui é gerado um hidreto metálico, que por sua vez permite uma reacção química mais eficaz, razão pela qual oferece até três vezes mais capacidade face às antigas pilhas NiCd (Níquel-Cadmium) recarregáveis.
Iões de lítio
As baterias de iões de lítio são a evolução das baterias recarregáveis, sendo particularmente mais interessantes que as de NiHM pelo facto de permitirem o uso de voltagens mais elevadas. Isto acaba por oferecer uma maior densidade de capacidade e maior durabilidade, tanto de vida útil, como em termos de capacidade de carga (mantém a carga com um elevado número de carregamentos).
Estas vantagens permitem que as mesmas sejam usadas nos dispositivos mais exigentes do mercado: smartphones, tablets, computadores portáteis mais leves e finos, indústria militar, aviação, automóveis eléctricos e híbridos plug-in.
Estas, ao contrário das tradicionais pilhas, utilizam carbono para o ânodo (habitualmente grafite), um cátodo com Óxido de Lítio e Manganésio (LMO), Óxido de Cobalto e Lítio (LiCoO2) ou Fosfato de Ferro e Lítio (LiFePO4), estando os dois inseridos dentro de um electrólito, composto por um gel de carbonato de etileno ou carbonato de dimetil.
O processo de descarga de corrente ou de carga dá-se quando os iões de lítio mudam a sua movimentação, deslocando-se do ânodo para o cátodo, durante a descarga de corrente e o inverso, durante o seu carregamento.
Cuidados a ter
Apesar de serem muito eficazes, as baterias de iões de lítio são extremamente vulneráveis, visto serem facilmente corrompidas e inflamáveis, existindo o risco de explosão quando expostas a temperaturas muito elevadas ou a um funcionamento irregular. Já existiram situações em que as baterias de smartphones explodiram e em que as de veículos plug-in se incendiaram.
A própria Boeing, com o lançamento do novo 787-Dreamliner, teve problemas graves com cinco aeronaves: as baterias arderam, obrigando a FAA (Federação Aeronáutica Americana) a proibir o voo de Boeing 787 até que todos os problemas fossem resolvidos.