Quando os smartphones Android de gama média começam a ser muito idênticos em termos de especificações, há apenas uma coisa que acaba por fazer a distinção entre eles: o design. Infelizmente, é precisamente aqui que o ZTE Axon Mini parece ter, no meu ponto de vista, o seu elo mais fraco.
Se na frente até podemos dar de barato o facto de ter o topo e fundo perfurado com pequenos triângulos (diferente, sem dúvida, mas nem por isso belo), a traseira é um erro de casting, nos mesmo locais: o topo e o fundo, onde um design a imitar pele com pontos de linha cosidos acaba por não ter o efeito esperado: o design que queria ser premium acaba por dar um ar “barato” a este modelo.
Infelizmente, não consigo ultrapassar o facto de este smartphone ser uma espécie de “patinho feio”, sobretudo quando o design de modelos que estão no mesmo patamar de preços, como os Wiko ou os BQ, é muito mais agradável ao olho.
Olhando para os resultados dos testes feitos a este ZTE, também há alguma dificuldade em recomendarmos o terminal, muito por culpa de ter nas nossas medições, um resultado geral inferior ao que conseguimos com o Wiko Fever, com a agravante de este ser mais barato 80 euros, um valor considerável.
Ainda assim, e se for à bola com este ZTE, saiba que pode contar com um ecrã de 5,2 polegadas com uma densidade de 442 ppi, sistema operativo Android Lolipop, leitor de impressões digitais, câmara de 13 MP e uma GPU Adreno 405, este último a conseguir que o Axon Mini ultrapasse o Fever no desempenho (7843 pontos no 3D IceStorm Unlimited, contra 6825 do Wiko); o duplo processador quad-core (1,2 e 1,5 GHz cortex A53) também lhe garante a ultrapassagem ao rival, mas por uma margem irrisória: 172 pontos no AnTuTu o que não justifica, nem de perto, nem de longe, a diferença de preço.
A ideia geral que fica depois de usar este smartphone da ZTE é a de que não tem os argumentos suficientes para se impor num mercado português que já tem o seu top de marcas muito bem definidas e onde as novas marcas têm grandes problemas para se impor.