Este ano comemora-se o vigésimo aniversário do FLiP (Ferramentas para a Língua Portuguesa), o único software independente de correcção ortográfica e gramatical para a língua portuguesa. Este conjunto de ferramentas já passou por muitas transformações ao longo destes anos e até já foi integrado no Microsoft Office. Contudo, foi removido porque a empresa de Redmond decidiu desenvolver as suas próprias ferramentas de correcção ortográfica.
Mas o que é o FLip? Estas ferramentas vão muito além do mero dicionário que está integrado nos programas que usa todos os dias e o impedem de escrever com erros. É também um dicionário que serve, como os outros dicionários, para ficar a conhecer o significado das palavras, é um dicionário de sinónimos, muito útil para quem escreve, e precisa de descobrir termos que transmitam a mesma ideia que outros, tem um processador de texto básico, converte textos de, e para, o acordo ortográfico e ainda reconhece vários tipos de texto pelo assunto e ajuda-o com termos específicos de disciplinas tão dispares como o Direito ou a Química.
Esta décima versão do FLiP integra directamente com o sistema operativo, o que quer dizer que independentemente do programa que usar, se este aceder ao dicionário do sistema operativo, estará a usar o FLiP assim que for instalado. A única ‘face visível’ do FLiP é o painel de controlo em que o utilizador decide os tipos de textos que irá escrever para que o sistema se adapte e o processador de texto. Tudo o resto passa-se automaticamente. No Microsoft Office, o FLiP substitui também o dicionário de sinónimos, por isso, quando selecciona uma palavra e depois clica em cima dela com o botão do rato para aceder ao menu de contexto para procurar um sinónimo, as sugestões serão dadas pelo FLiP e não pelo dicionário da Microsoft. No que respeita à instalação e experiência de utilização, não podemos dizer que este programa tenha pontos contra, porque faz tudo o que diz na caixa e bem feito. Uma ferramenta essencial se usar o computador para escrever.