Os Sony LinkBuds, são talvez os auscultadores mais estranhos que já usei. Passo a explicar: ao contrário da esmagadora maioria dos auscultadores in-hear que estão à venda actualmente, que fazem tudo por tudo para isolar o máximo de ruído exterior possível, os LinkBuds têm uma forma que permite a entrada de som externo.
A lógica por trás disto é o utilizador poder ter uma ideia do que o rodeia enquanto os usa. Isto pode ser útil, por exemplo, quando se atravessa uma rua e é necessário perceber quando se aproxima um veículo ou ambientes de trabalho.
Para conseguirem deixar passar o som exterior, os LinkBuds não têm uma peça mole, feita de silicone ou borracha, que fica inserida no início do canal auditivo. Em vez disso, têm um anel aberto para o exterior com pequenos orifícios para a saída do som. Como a peça de borracha é o que, normalmente, prende os auscultadores aos ouvidos, os LinkBuds incluem uns anéis de silicone com vários tamanhos que servem para os segurar na parte interior da orelha.
Devido a isto, os LinkBuds são muito confortáveis de usar durante longos períodos de tempo.
Ligação e autonomia
Os LinkBuds são auscultadores Bluetooth e podem ser usados com qualquer smartphone ou dispositivo que suporte o perfil de som via Bluetooth. Embora possam ser usados independentemente do dispositivo, a Sony tem uma aplicação para Android e iOS que permite configurar as várias funcionalidades dos auscultadores, como o sistema automático que pára a reprodução de som quando detecta que o utilizador está a falar, ou os comandos por toque.
Segundo a Sony, a bateria dos LinkBuds dura até 5 horas e meia até ser necessário carregá-la no estojo. O estojo permite carregar a bateria dos auscultadores para uma autonomia total de 17 horas e meia. O carregamento da bateria do estojo é feito através de um cabo USB Type-C e não tem carregamento sem fios.
Utilização
O som dos LinkBuds não é nada mau para uns auscultadores com altifalantes tão pequenos. O problema são os graves. Que, embora se notem, são fracos e quando há muito ruído ambiente, desaparecem completamente.
Talvez por estar habituado a usar auscultadores “normais”, o facto de os LinkBuds deixarem entrar som ambiente é uma coisa que, no princípio, é muito estranha.
Experimentei-os no Passeio Marítimo de Oeiras e quando se passa na zona de Santo Amaro, onde o paredão passa junto à Marginal, o som dos carros a passarem parece uma avalanche, que abafa quase todo o som que os LinkBuds se esforçam para fazer chegar aos meus ouvidos. Já nas zonas mais “calmas” do percurso, o som dos auscultadores é claro e mais ou menos equilibrado.
Mencionei anteriormente os comandos por toque, e estes auscultadores têm dois modos de funcionamento: podem configurar-se os sensores de toque dos próprios auscultadores para parar ou retomar a reprodução e outras funções e também se pode configurá-los para detectar toques na cara junto aos ouvidos. Este sistema detecta as vibrações dos ossos para dar comandos aos auscultadores, mas, infelizmente, não é muito preciso. Porque se tossir pode passar um comando aos auscultadores sem querer.
Para além dos comandos por toque tradicionais, os LinkBuds também têm uma funcionalidade, que já existe noutros modelos da marca, que pára a reprodução de som quando detecta que o utilizador está a falar.
A bateria durou cerca de 5 horas, como mencionado pela Sony e só tive de carregar o estojo uma vez e não estava com a bateria completamente esgotada.
Os Sony LinkBuds estão disponíveis em branco ou preto e custam €180.